sexta-feira, 20 de junho de 2008

"Passo por desfolhamentos..."

"Em qualquer rota que eu faça"


Exposição coletiva da turma de "O Estudo da Pintura" da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, realizada em novembro de 2006.
O nome da exposição foi retirado de um trecho da música "2001", de autoria de Tom Zé e Rita Lee, gravada pelos Mutantes nos anos 70.





O texto do convite, escrito pela professora da turma e curadora da exposição, diz que "a letra, embebida da demanda tropicalista, fala de um astronauta do futuro e sugere que, apesar da rota que façamos, do caminho que tracemos, não seremos tragados pelo buraco negro, - este sendo igual a tudo fora dos limites do possível, e, ao final, sempre estaríamos diante de uma rota qualquer entre tantas, mas uma rota, uma meta."

E continua, "Em qualquer rota que eu faça" apresenta um pouco das pesquisas dos participantes do curso "O Estudo da Pintura". A meta é uma livre navegação no universo de possibilidades infinitas deste meio, onde as rotas são processos individuais, mutantes e dinâmicos. Aqui somente nos importa que, a cada momento da trajetória se forme a consciência, - dado que Arte é Pensamento-, do que se quer, do porque e de como abordar. O caminhar/construir o caminho é a rota e a meta."

Meu trabalho na exposição foi a instalação "Passo por desfolhamentos". O título foi retirado de um poema de Manoel de Barros, o "grande poeta das pequenas coisas, o lírico da ecologia, o virtuoso do realismo mágico", como muitos críticos literários tentam definí-lo.

O trabalho foi executado em técnica mista sobre rolos de folhas de papel japonês, monotipias feitas com tinta acrílica e papel amassado, como em uma impressão, e as folhas foram colocadas umas sobre as outras como uma cascata que se espalha pelo chão.

Abaixo, uma perspectiva da instalação.






















Detalhe da instalação



Este é o começo deste blog, pensado para guardar e mostrar imagens das minhas pinturas e difundir informações sobre artes visuais.